segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ziraldo: Tributo a Caratinga


A FESTA

Digamos que até agora, depois daquele fim de semana mágico que passei na minha terra, eu tenha ficado mudo. Ainda que sem voz, posso dizer que nunca- que eu tenha notícia – vi ninguém receber tanto carinho, tanto afeto e de tanta gente. No meio das festas, eu me perguntava, perplexo, se tudo aquilo estava acontecendo de verdade. E me dizia, como se pudesse dizer a todos que passavam diante de mim, “Menos, gente, menos!”
Estou escrevendo para o meu povo de Caratinga, vocês viram, eu não estou exagerando. Completar esses oitenta anos de vida tem sido, para mim, uma – digamos – avalanche de sensações nunca vividas nesta intensidade. Apenas, agora, foi possível sentar-me à frente da minha velha Olivetti-98 para escrever-lhes estas mal traçadas linhas – que era como se dizia quando parti daí para enfrentar o mundo.

***

Eu me lembro de cada casa do Barro Branco, desde a ponte da
estação até o final da rua São José; desde a praça do jardinzinho com seu sobradão da prefeitura que deu lugar à Rua dos Viajantes e, depois ao Cine Brasil (com sua fachada art deco, tão preservável quanto foi, um dia, o velho coreto do jardim grande, também peça rara da art deco brasileira), até à rua das Ameixas; desde à casa do meu velho tio Esaú, quase embaixo da Pedreira do Silva até à igrejinha de Santo Antônio, pela rua Raul Soares ou pela João Pinheiro do meu ginásio Caratinga.
Vou me lembrar, portanto, de tudo que aconteceu aí naquela manhã
solar de domingo. Vou me lembrar da carinha de cada menina, de cada menino, vestidinhos de azul e branco, me olhando lá do asfalto e, com gestos candentes, me dizendo, em nome de uma cidade inteira: “Oh, como é grande o meu amor por você.”
Sem falar uma só palavra eles me diziam isto em nome de uma cidade inteira. No palanque, chorava todo mundo. No asfalto, também, dava para ver o brilho nos olhos de professoras e professores. Foi assim com todas as escolas que se apresentaram, tudo feito com um cuidado extremo e – não me canso de louvar – com uma criatividade que me encheu de orgulho. O povo de Caratinga é assim: inventa. E isto é a melhor qualidade de um povo. E vieram de longe, crianças de outras plagas que me comoveram pelo olhar, pelo canto, pela cumplicidade. Nunca vi, repito, tanta invenção, tanta criatividade, todo mundo se recusando a comprar
feito, dando pra imaginar a possibilidade de, um dia, adentrarmos –
Caratinga inteira – o Sambódromo do Rio de Janeiro pra disputarmos, com o Paulo Melo, as notas 10 do desfile das Escolas do Grupo Especial.

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A Marilene – que figuraça! – fez a mais bela festa da minha vida.
Cometeu um errinho, apenas: até agora não me mandou, para que eu possa fazer meus agradecimentos pessoais – como prometeu – os nomes de cada escola, de cada professora, de todas as nossas amigas e amigos que se envolveram, com entusiasmo e dedicação com a festa que ela inventou.
Da mesma maneira, o meu outro anjo da guarda de Caratinga, ainda
não mandou os nomes das amigas que ela “alugou” pra fazer a maravilhosa coleção de pratos – que, no meu tempo, a gente chamava de comidinhas – da minha infância para que eu pudesse encantar meus amigos de fora que estiveram aí para a festa – e que já vieram aqui em casa ou receberam sua parte de carne de lata, de cabrito ensopado, de taioba e dos doces que são os ingredientes daquilo que sempre alimentou a minha alma de provinciano.
Obrigado, Analzira – outra figuraça! – por todo o carinho que você
sabe dar a quem você ama. Além de ser muito bom esse carinho ele faz com que a gente não se esqueça nunca da querida Emi, grande mãe dessa menina maluquinha.

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Eu me lembro, Marilene, da filha do Geraldo Godinho, indo pra escola toda sorridente e saltitante. Nunca vou me esquecer do seu pai, morenão, caladão, com aquele jeitão de mexicano sem sombrero, uma memória tão viva. Fiquei muito feliz quando descobri que uma das meninas dele, com cara de minha prima, tinha virado escritora e que, como eu, tinha como público, as crianças do Brasil. Você sabe conversar com elas, Marilene! Por esta razão todos ouvem você que, com esse talento, com essa sua imensa criatividade, pode se gabar de dizer para todos que é a maior festeira do mundo. Todos os parentes e amigos meus que foram pra
festa, a turma do Pererê, o Galileu e a Glorinha, o Pedro Vieira e a Cleusa, o Alan Viggiano e a Betty, o Paulo Nogueira e a Lucy, meus velhos amigos e minhas ”cunhadas” não vão esquecer nunca sua imagem comandando a festa lá do alto do palanque. No fundo, dizendo pra você mesma, emocionada: “Nossa mãe! Tudo isto foi eu que inventei?”
Muito obrigado, Marilene, muito obrigado. Eu te amo.

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E te amo, amo mesmo, Analzira. Vocês duas são diferentes em temperamento mas têm a mesma grandeza interior, a mesma dimensão humana que faz de cada uma de vocês um ser único, muito especial.
Vocês vão virar o tipo inesquecível – olha eu mexendo na minha coleção de Seleções, que deixei em algum armário às margens do rio Caratinga – de todos aqueles que tiveram a felicidade de conhecê-las e de conviver com vocês; de provar da extraordinária determinação e generosidade da Marilene e da dulcíssima “piração” da Analzira.

***

Caratinga é a única cidade de Minas que mantém seu coração aberto para quem sai daí para lutar pela vida em terras estranhas. Cheios de saudade, a gente sabe que pode voltar porque, ao chegar aí, vai ouvir uma voz cantando em seu louvor. E a voz será a do Agnaldo Timóteo, meu irmãozinho da rua Nova, filho do ferreiro Zé Hortêncio.
Como eu era neto do Sêo Hortêncio, também ferreiro, outro mulato
com a pele também colorida pelo vitiligo, as pessoas achavam que éramos primos. Naquele dia feito de sustos, Agnaldo surgiu de repente, na avenida, como quem cai do céu e, com aquela voz poderosa e límpida, cantou para a cidade, para mim e por nossa infância. Depois sumiu, como fazem os anjos que sabem que não devem misturar-se aos mortais depois de cada milagre.
Grande Agnaldo, muito obrigado!
Sei que vou esquecer os nomes de muita gente a quem devo mais
carinho ainda. Bem, vou escrever mais se, corajosamente, continuarem a me dar espaço e mandar meu agradecimento pessoal assim que as minhas meninas – que ainda devem estar cansadas da trabalheira – me mandarem a famosa lista.
Não posso, porém, deixar para depois meu agradecimento ao Edra,
o inventor do Ziraldo. Como diria o Jaguar: “Eu não existo; sou uma invenção da mente doentia do Edra!” Muito obrigado, parceiro, muito obrigado pela fantástica exposição de repercussão nacional que você fez aí e muito obrigado por ter inventado a Casa Ziraldo de Cultura. 
Muito obrigado meu compadre Humberto Luiz, sofrendo com o medo da festa não dar certo. Muito obrigado, Prefeito João Bosco pela restauração da estátua do Menino Maluquinho, única no mundo, e por abrir todos os seus espaços para que minha festa acontecesse. Muito obrigado ao Cláudio Leitão, que chorou comigo o tempo todo naquele palanque; muito obrigado, também, à irmãzinha dele, a menina Miriam, que nunca me abandona e que, mesmo sendo a maior jornalista econômica do Brasil, desce dos seus cuidados e, mais uma vez, desfila pra mim como desfilou em São Paulo, cheia de charme e alegria, no carro da Neném de Vila Matilde. Como, aliás, fez uma grande parte do animado povo de Caratinga que voltou mais uma vez à avenida, no último carnaval, para desfilar às 4 da madrugada com os sambistas da Tradição. 
Ô, povo animado, meu Deus!
E tem mais: muito obrigado Rinaldo Grossi. Estou vendo na minha
memória, a figura do seu pai, um jovem magrinho e ágil, de cabelo bem partido e bigodinho fino, tão educado quanto o Zé Alencar ou o Wantuil, atendendo as freguesas no balcão do Aparício Costa no Barro Branco. Meu avô o chamava de menino danado, sem imaginar que ele ia acabar prefeito da cidade, o Sêo Dário, simpático e bonachão. Obrigado ao Rinaldo e ao Zé Geraldo por terem nos levado e trazido, sãos e salvos, de volta pra casa, felizes como poucas vezes estivemos em nossas vidas.

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Aproveito a ocasião para agradecer aos fados e aos anjos que movem a máquina do mundo. E a Deus também que, como nós brasileiros sabemos, é um cara gozador. Tanto que pra me botar no mundo tinha o mundo inteiro mas achou muito engraçado – cheio de graça – me botar feliz na província, bem no interior deste país gigantesco. 
Muito obrigado, Chefe, por ter decidido que esta província seria Caratinga.

(Ziraldo)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Nossa Cidade - Ziraldo 80 Anos em Caratinga - Parte I



Programa exibido pela Doctum TV sobre a festa em comemoração dos 80 anos de Ziraldo em Caratinga com depoimentos de pessoas que são ligadas a ele na cidade.

Nossa Cidade - Ziraldo 80 Anos em Caratinga - Parte II



Programa exibido pela Doctum TV sobre a festa em comemoração dos 80 anos de Ziraldo em Caratinga com depoimentos de pessoas que são ligadas a ele na cidade.

Nossa Cidade - Ziraldo 80 Anos em Caratinga - Parte III



Programa exibido pela Doctum TV sobre a festa em comemoração dos 80 anos de Ziraldo em Caratinga com depoimentos de pessoas que são ligadas a ele na cidade.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Caricaturas em Homenagem aos 80 Anos de Ziraldo na Exposição "Ao Mestre Com Carinho"

O homenageado Ziraldo, abraça o cartunista Edra, realizador do Salão de Humor de Caratinga





















Trabalhos expostos na Casa Ziraldo de Cultura

Com o tema "Ao Mestre Com Carinho", foi aberto o XII Salão Internacional de Humor de Caratinga no último sábado, 27, exibindo 140 caricaturas do Ziraldo, enviados por artistas de todo Brasil e exterior, na Casa Ziraldo de Cultura, dentro das comemorações dos 80 anos do cartunista e escritor caratinguense. Na abertura aconteceu lançamentos de 5 livros e um DVD. 
A mostra continua aberta ao público, com entrada franca, até o dia 30 de novembro.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ziraldo Comemora 80 Anos

Aniversário.Moradores de Caratinga preparam festa com lançamento de livros para celebrar a data natalícia do cartunista

Há 80 anos, uma edição do jornal "O Município", da cidade mineira de Caratinga, trazia a seguinte notícia em outubro: "Ziraldo é o nome de um robusto petiz, nascido em 24 do fluente, nesta cidade, filho do nosso prezado amigo e ‘assignante’, o Guarda-Livros Geraldo Alves Pinto e de s. Exma. Esposa d. Zizinha Alves da Silva Pinto. Nossos parabéns." 
Hoje, o cartunista comemora o octogésimo aniversário e diz não sentir falta da infância por um motivo simples: "Lembro direitinho como é ser menino, todos os dias, por isso não tenho saudade". 
Na cidade mineira da região do Vale do Rio Doce onde Ziraldo cresceu estão os resquícios de personagens e histórias que ele criou. A Professora Muito Maluquinha, por exemplo, foi inspirada em mestres do grupo escolar Princesa Isabel, onde o cartunista estudou. "Em especial uma professora de 16 anos que adorava ler romances, era namoradeira e levava gibis para os alunos", relata. 
Já a Turma do Pererê foi batizada com nomes de amigos de Ziraldo da época de criança: Moacir, Geraldinho, Alan, Galileu e muitos outros. Sem falar nos meninos maluquinhos típicos do interior de Minas. 
Para comemorar os 80 anos de Ziraldo, os conterrâneos começam as homenagens com a presença dele, no sábado, às 19h, na abertura do 12º Salão Internacional de Humor de Caratinga. A edição especial do evento tem como tema "Ziraldo: ao Mestre com Carinho". Este ano, o cartunista virou cartoon. "Se inscreveram cerca de 500 profissionais. Selecionamos 140 que vão expor caricaturas do Ziraldo", explica o também desenhista Edra, organizador da mostra, realizada na Casa Ziraldo de Cultura. 
Na abertura do salão será exibido o DVD "Ziraldo, Profissão Cartunista", de Marta Furtado. 
Também está programado o lançamento de cinco livros: "Ziraldo - Maluquices do Maluquinho", de Marilene Godinho; "Pode Ser a Gota D’água", de Edra; "Não Só na Lembrança", de Maria do Carmo Arreguy Corrêa; "Em Família e Outras Histórias", de Cátia Pereira Simões Sena e "O Rio da Flor da Mata", de Antônio Soares Castor. Já no domingo, às 8h30, um desfile comemorativo, ao longo da Avenida Olegário Maciel, vai contar a história de Ziraldo com a participação de crianças de escolas municipais, estaduais e particulares de Caratinga e municípios vizinhos. Além disso, corais, grupos de dança e demais entidades representativas da cidade participam do evento, que conta com a presença de outro filho ilustre da terra, o cantor Agnaldo Timóteo. 
O livro "Ziraldo na Imprensa de Caratinga", de José Aylton de Mattos e Nelson de Sena Filho é outra homenagem ao desenhista. A pesquisa traz as primeiras inserções de Ziraldo na mídia, seja como autor ou notícia, a exemplo da nota que abre esta reportagem. 
E outros fatos curiosos, como quando, aos 15 anos, ele foi chamado de "o lápis mágico de Caratinga"; e a atuação dele como líder estudantil. "Adoro voltar a Caratinga. 
Sou um provinciano assumido. Desde os 18 anos vivo em cidade grande, mas a minha memória mais intensa é do tempo que vivi no interior", diz.

LAURA GODOY


Ziraldo: 80 Anos de Um Maluco Genial

Ziraldo. Foto: Luíz Garrido

Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932, em Caratinga, Minas Gerais. É o mais velho de uma família de sete irmãos. Seu nome vem da combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha, com o de seu pai, Geraldo. Assim surgiu o Zi-raldo, um nome único. Passou a infância em Caratinga, onde cursou o Grupo Escolar Princesa Isabel. Em 1949 foi com o avô para o Rio de Janeiro, onde cursou dois anos no MABE (Moderna Associação de Ensino). Em 1950 voltou para Caratinga para fazer o Tiro de Guerra. Terminou o Científico no Colégio Nossa Senhora das Graças. Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No ano seguinte casou-se com Vilma Gontijo, após sete anos de namoro. Ziraldo tem três filhos - Daniela, Fabrízia e Antônio - e seis netos. 

O DESENHISTA - Desenha desde que se entende por gente. Quando criança, desenhava em todos os lugares - na calçada, nas paredes, na sala de aula... Outra de suas paixões desde a infância é a leitura. Lia tudo que lhe caía nas mãos: Monteiro Lobato, Viriato Correa, Clemente Luz (O Mágico), e todas as revistas em quadrinhos da época. Já nesse momento, ao ler as páginas do primeiro "gibi", sentiu que ali estava o seu futuro. A carreira de Ziraldo começou na revista Era Uma Vez... com colaborações mensais. Em 1954 começou a trabalhar no Jornal A Folha de Minas, com uma página de humor. Por coincidência, foi esse mesmo jornal que publicou, em 1939, o seu primeiro desenho, quando tinha apenas seis anos de idade! Em 1957, começou a publicar seus trabalhos na revista A Cigarra e, posteriormente, em O Cruzeiro. Em 1963, começou a fazer colaborações para o Jornal do Brasil. Trabalhou ainda nas revistas Visão e Fairplay. Ziraldo fez cartazes para inúmeros filmes do cinema brasileiro, como Os Fuzis, Os Cafajestes, Selva Trágica, Os Mendigos, etc. Foi no Rio de Janeiro que Ziraldo se consagrou um dos artistas gráficos mais conhecidos e respeitados nacional e internacionalmente. OUTROS TALENTOS Entretanto, devido à diversidade de sua obra, não é possível limitá-lo apenas às artes gráficas. É um artista que tem, ao longo dos anos, desenvolvido várias facetas de seu talento. Ziraldo é também pintor, cartazista, jornalista, teatrólogo, chargista, caricaturista e escritor. Nos anos 60, seus cartuns e charges políticas começaram a aparecer na revista O Cruzeiro e no Jornal do Brasil. Personagens como Jeremias, o Bom, a Supermãe e, posteriormente, o Mineirinho tornaram-se popularíssimos. TURMA DO PERERÊ Foi também na década de 60 que realizou seu sonho infantil: transformou-se num autor de histórias em quadrinhos e publicou a primeira revista brasileira do gênero feita por um só autor, reunindo uma turma chefiada pelo saci-pererê, figura mais importante do imaginário brasileiro. Os personagens dessa turma eram um pequeno índio e vários animais que formam o universo folclórico brasileiro, como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja. A Turma do Pererê marcou época na trajetória das histórias em quadrinhos no Brasil. 

REGIME MILITAR - Em 1964, com a tomada do poder pelos militares, a revista encerrou sua carreira. Era nacionalista demais para sobreviver àqueles tempos. Entretanto, a força desses persoagens, tão tipicamente brasileiros, resistiu aos difíceis anos da ditadura. Em 1975 voltaram a ser publicados pela Editora Abril. Atualmente as melhores histórias estão sendo reeditadas em álbuns pela Editora Salamandra. Durante o período da ditadura militar (1964-1984), Ziraldo realizou um trabalho intenso de resistência à repressão. Fundou, junto com outros humoristas, o mais importante jornal não-conformista da história da imprensa brasileira, O Pasquim. Ziraldo o considera um grande celeiro dos humoristas pós-68. Quando foi editado o AI-5, durante a Revolução Militar, muita gente contrária ao regime procurou se esconder para escapar à prisão. Ziraldo passou a noite ajudando a esconder os amigos e não se preocupou consigo mesmo. No dia seguinte à edição do famigerado ato, foi preso em sua residência e levado para o Forte de Copacabana por ser considerado um elemento perigoso. 

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL - Em 1968, Ziraldo teve seu talento reconhecido internacionalmente com a publicação de suas produções na revista Graphis, uma espécie de “pantheon” das artes gráficas. Teve ainda trabalhos publicados nas revistas internacionais Penthouse e Private Eye, da Inglaterra, Plexus e Planète, da França, e Mad, dos Estados Unidos. No ano de 1969, grandes acontecimentos marcaram a vida do artista. Ganhou o Oscar Internacional de Humor no 32.º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o Merghantealler, prêmio máximo da imprensa livre da América Latina, patrocinado pela Associação Internacional de Imprensa e recebido em Caracas, Venezuela. Foi convidado a desenhar o cartaz anual do Unicef, honra concedida pela primeira vez a um artista latino. 

RIO DE JANEIRO - Ziraldo fez um mural para a inauguração do Canecão, casa noturna do Rio de Janeiro, numa parede de mais de cento e oitenta metros quadrados. Essa obra foi reproduzida em várias revistas do mundo, mas se encontra hoje escondida atrás de um painel de madeira. Foi ainda naquele ano que publicou seu primeiro livro infantil, FLICTS, que relata a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo. Nesse livro, usou o máximo de cores e o mínimo de palavras. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil presenteou com um exemplar desse livro os astronautas americanos que pisaram na Lua pela primeira vez quando estes visitaram o Brasil. Neil Armstrong, um deles, leu o livro e, comovido, escreveu ao autor: "The moon is FLICTS". 

DÉCADA DE 70 - Na década de 70, com seu trabalho já consagrado, continuou abrindo caminhos no Brasil e no mundo. Desde 1972, seus trabalhos são sempre selecionados pela revista Graphis Anual e Graphis Porter. Diversas revistas internacionais usam seus desenhos em capas, inclusive a Vision, a Playboy e a GQ (Gentlemen’s Quaterly). Seus cartuns percorrem revistas de várias partes do mundo. Alguns de seus desenhos foram selecionados para fazer parte do acervo do Museu da Caricatura de Basiléia, na Suíça.  

HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS - A partir de 1979, Ziraldo passou a dedicar mais tempo à sua antiga paixão: escrever histórias para crianças. Nesse ano, publicou O Planeta Lilás, um poema de amor ao livro, em que mostra que ele é maior que o Universo, pois cabe inteirinho dentro de suas páginas. Em 1980, Ziraldo recebeu sua maior consagração como autor infantil, na Bienal do Livro de São Paulo, com o lançamento de O Menino Maluquinho. Esse livro se transformou no maior sucesso editorial da feira e ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo. Foi adaptado para o teatro, o cinema e para a web e teve uma versão para ópera infantil, feita pelo maestro Ernani Aguiar. O Menino Maluquinho virou um verdadeiro símbolo do menino nacional. Em 1989, começaram a ser publicadas a revista e as tirinhas em quadrinhos esse personagem. 

SELOS - Em 1994, O Menino Maluquinho, o Bichinho da Maçã, a Turma do Pererê e o próprio Saci-Pererê transformaram-se em selos comemorativos de Natal. Devido a essa homenagem dos Correios e Telégrafos ao artista, sua arte foi espalhada pelos quatro cantos do planeta, com votos de boas festas, feliz Natal e feliz ano novo. Os livros de Ziraldo já foram traduzidos para várias línguas, entre elas espanhol, italiano, inglês, alemão, francês e basco. 

CARNAVAL - Como todo brasileiro, Ziraldo aprecia o carnaval. Foi um dos primeiros a desfilar com a Banda de Ipanema, ao lado de Albino Pinheiro, Leila Diniz e a turma do O Pasquim. Seu livro FLICTS já foi enredo de escola de samba em Juiz de Fora, e Ziraldo desfilou no chão ao lado do filho Antônio. No carnaval de 1997, Ziraldo foi novamente homenageado. Desfilou no alto de um carro com um enorme Menino Maluquinho, do qual desceu com o auxílio de um guindaste! 

TELEVISÃO - Ziraldo também já teve diversas passagens pela televisão. Participou como jurado de inúmeros programas, festivais e até de concurso de Miss Brasil nos anos 60. Foi um entrevistador muito comentado na TV Educativa, com o programa “Ziraldo — o papo”, no início dos 90. Quando entrevistado, tem sempre pontos de vista interessantes a defender. Foi a personalidade que mais vezes compareceu ao programa “Jô Soares Onze e Meia”. Uma de suas frases mais conhecidas é "Ler é mais importante do que estudar". Outras idéias que ele lançou em entrevistas e que se tornaram quase campanhas públicas foram a de semear jardins de flores nas cidades e a de combater a subnutrição com macarrão vitaminado. 

POLÊMICAS -  Em 1999, criou, de uma só vez, duas revistas que sacudiram os conceitos do ramo editorial: Bundas e Palavra. Bundas foi uma resposta bem-humorada à ostentação dos “famosos” que semanalmente aparecem na revista Caras. Reuniu grandes escritores, analistas políticos e cartunistas, muitos revelados no O Pasquim. Ao contrário do que o nome podia sugerir, era uma revista que tratava de assuntos muito sérios, todos ligados ao destino político do país. Por sua vez, Palavra se destinava a divulgar e discutir a arte que se faz longe do eixo Rio—São Paulo, que concentra a maior parte das publicações nacionais do gênero. É uma revista marcada pelo requinte da produção gráfica e pela originalidade do conteúdo. Por ter criado uma vasta obra na área da literatura infanto-juvenil, Ziraldo foi convidado, em 2000, para montar um parque de diversões temático em Brasília. No Ziramundo, as crianças podem rodar dentro da panela do Menino Maluquinho e subir à Lua com o FLICTS. Com o fim de Bundas, Ziraldo continuou a articular seus colaboradores para sustentar uma publicação de humor e opinião. Logo no início de 2002, surgiu OPasquim21, um jornal semanal que faz alusão ao histórico O Pasquim e continua a revelar talentos, especialmente na charge política e na caricatura. 

CARNAVAL (OUTRA VEZ) No carnaval de 2003, Ziraldo voltou a ser homenageado por uma escola de samba. A paulistana Nenê de Vila Matilde levou o enredo “É Melhor ler... O Mundo Colorido de um Maluco Genial” e conquistou o 4° lugar. Mais uma vez, Ziraldo subiu num enorme carro alegórico e desfilou emocionado. O marco dos 70 anos também foi oportunidade para a realização de um documentário sobre sua vida e obra, “Ziraldo, profissão cartunista”, exibido na TV Senac e realizado por Marisa Furtado. No mesmo ano estreou a ópera “O Menino Maluquinho” no Theatro Central de Juiz de Fora. A ópera foi escrita pelo maestro Ernani Aguiar com libreto de Maria Gessy. Os papéis principais são cantados por dois meninos e uma menina acompanhados por um coro também de crianças. Em 2004 Ziraldo ganhou, com o livro Flicts, o prêmio internacional Hans Christian Andersen. 

ZIRALDO NÃO PÁRA - Sua arte faz parte do nosso cotidiano e pode ser identificada em logotipos famosos; ilustrações de livros e revistas; caixinhas de fósforos, que viraram itens de colecionador; cartazes da Feira da Providência (no Rio) e do Ministério da Educação; centenas de camisetas e símbolos de campanhas públicas ou privadas. 

Ziraldo está sempre envolvido em novos projetos.

Ziraldo 80 Anos - Homenagem / Edra

Hoje é aniversário de Ziraldo. E neste final de semana, ele estará em Caratinga comemorando seus 80 anos  numa grande festa preparada pelos seus conterrâneos e sendo homenageado também com o tema "Ao Mestre Com Carinho" no XII Salão Internacional de Caratinga, realizado pelo também cartunista e caratinguense,  Edra

Ziraldo 80 Anos - Homenagem / Governo de Minas

Hoje é o aniversário do mineiro de Caratinga, Ziraldo

Ziraldo 80 Anos - Homenagem / Maurício de Souza

Hoje é o aniversário do pai do Menino Maluquinho. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Grande Festa Em Comemoração dos 80 anos de Ziraldo em Caratinga, Sua Terra Natal.

Ziraldo vai comemorar seus 80 anos junto com seus conterrâneos .

Grande festa, organizada por seus conterrâneos, acontece no próximo fim de semana 

O artista maior de Caratinga, Ziraldo, completa 80 anos no próximo dia 24. E é em sua terra natal que ele comemorará seu aniversário. No dia 27, sábado, a festa começa com a abertura do 12º Salão Internacional de Humor de Caratinga, em edição especial, com o tema “Ziraldo: ao mestre com carinho”, que é realizado pelo cartunista Edra.
Já no domingo, 28, um desfile comemorativo, ao longo da Avenida Olegário Maciel, contará a história de Ziraldo, mostrando seu lado pintor, cartazista, jornalista, teatrólogo, chargista, caricaturista e, principalmente, escritor. 
Para a escritora Marilene Godinho, organizadora do desfile, esta é uma data muito significativa. “Um filho de Caratinga, tão ilustre e com tantos dons, merece esta homenagem. Ziraldo é filho de nossa terra, devemos realçar nossos valores. Ele é um incentivo e um exemplo para todos”. 
O desfile comemorativo conta com uma equipe de organização e terá a participação de quase todas as escolas de Caratinga, incluindo as redes municipal, estadual e particular, além de igrejas e demais entidades representativas da cidade. 
No roteiro, a infância de Ziraldo em Caratinga, sua família e suas obras. “O Menino Maluquinho, sua obra mais importante, será representada pela Escola Estadual Menino Jesus de Praga”, adianta Marilene. “Danças e corais também vão descrever a trajetória de Ziraldo, com homenagem especial aos Pererês, que também comemoram 80 anos”, acrescenta a escritora. 
A organizadora da grande festa octogenária de Ziraldo ainda revela que o desfile contará com a presença do cantor Agnaldo Timóteo, também filho ilustre de Caratinga. “Ele vem especialmente para homenagear o conterrâneo. Vai ser uma festa muito bonita. Ziraldo trará amigos e toda sua família. E todos os caratinguenses estão convidados para celebrar conosco os 80 anos de Ziraldo. 
Ele merece. Ele identifica Caratinga e eleva nossa gente à lonjura das estrelas”. Segundo a organização, um dos convidados de Ziraldo é o apresentador e humorista Jô Soares. 
Marilene Godinho reforça que este é um momento histórico. “Os alunos que participarem estarão escrevendo a história, enquanto ela está acontecendo. 
Todos que forem à festa participarão deste momento histórico para Caratinga”, finaliza.

Ziraldo também recebe homenagens dos conterrâneos Agnaldo Timóteo e Edra.

Menino Maluquinho Será Restaurado Para a Festa

Monumento do Menino Maluquinho, foi  inaugurado em 2003
Inaugurado em 2003, o monumento do Menino Maluquinho em Caratinga passa pela primeira vez por uma restauração completa. Quem coordena os trabalhos é João Rosendo Alvim Soares, artista plástico de Manhumirim e criador do monumento “Menino Maluquinho”. 
A obra é realizada pelo Comtur - Conselho Municipal de Turismo, através de recursos do ICMS Turístico da Prefeitura de Caratinga. De acordo com a Turismóloga da prefeitura de Caratinga, Rogéria Sousa, na contratação do artista plástico pensou-se em manter os mesmos traços da obra. “João Rosendo é um excelente artista plástico e ninguém melhor do que ele para cuidar do “Menino Maluquinho”, pois foi o responsável pela criação. 
Esta é a primeira vez que acontece a restauração. Em 2010 e 2011, a administração municipal realizou a pintura total e reforma nos pontos necessários”. 
A reforma teve início na última quinta-feira (18), com previsão de término na próxima semana. A escultura do Menino Maluquinho mede 12 metros de altura e fica localizada às margens da BR-116. O local é visita obrigatória para turistas de todo o país que param para fotografar e levar uma lembrança do personagem de Ziraldo. “Além da restauração do monumento, a prefeitura de Caratinga realizará a renovação das lixeiras e dos painéis informativos das proximidades do circuito turístico”.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Lançamento: Ziraldo - Maluquices do Maluquinho

Capa: Gê Pinto (arte) e Luiz Garrido (foto) 
Ilustrações: Edra

Lançamento do livro "Ziraldo - Maluquices do Maluquinho", da escritora caratinguense Marilene Godinho, no dia 27 de outubro, às 19 horas na Casa Ziraldo de Cultura, na abertura do XII Salão Internacional de Humor de Caratinga, que traz Ziraldo também como tema "Ao Mestre Com Carinho" dentro da programação de homenagens comemoativas aos seus 80 anos.

sábado, 13 de outubro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Lançamento DVD: Ziraldo, Profissão Cartunista

Livraria da Travessa do Leblon
Dia 18 de outubro às 19 horas.
Um documentário de Marisa Furtado Oliveira

Contracapa do encarte do DVD do Ziraldo. Um apanhado afetivo de fotos que contam um pouquinho de sua trajetória.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ziraldo: Sexta Sangrenta / Rio, 1968

Rio, 1968: imagem da Sexta-Feira Sangrenta
Em 22 de julho de 1968, diversos intelectuais e artistas participaram de uma passeata contra a repressão policial aos estudantes no Rio, episódio conhecido como a Sexta-Feira Sangrenta. 
Nesta foto, de autor desconhecido, aparecem da esquerda para a direita: Carlos Scliar, Helio Pellegrino, Clarice Lispector, Oscar Niemeyer, Glauce Rocha, Ziraldo e Milton Nascimento.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Exoneração do Edra da Direção da Casa Ziraldo de Cultura. Manifesto em Forma de Charges

Diário de Caratinga - 15 de julho de 2012

Fizeram parte da manifestação contra a exoneração arbitrária do Cartunista Edra da direção da Casa Ziraldo de Cultura os seguintes cartunistas: Bira Dantas, Jal, Iéio, Vinícius Ferraz, Verde, Samuca, Milton Soares, Samuel Bono e Siqueira.


Apesar de você(s)... 

    Apesar da minha luta pela criação da Casa Ziraldo de Cultura. Apesar do trabalho que lá desenvolvi de corpo, alma, coração e que devido a isso obteve um saldo muito positivo – mesmo diante da absoluta falta de estrutura operacional que me impediu de fazer o meu melhor – estas prerrogativas não me dão direito à perenidade do cargo que exercia. Tampouco tenho esta pretensão.
    Quem efetiva tem todo direito de exonerar, desde que tenta motivo e que não use a Casa Ziraldo como manobra política. Devido a esta máxima, minha exoneração frente à direção da instituição poderia e deveria ter sido natural, não fosse a forma arbitrária, desrespeitosa e covarde com a qual foi feita.
    Exoneração friamente premeditada, visando assegurar uma agenda de eventos já programados até o final do ano. Além disso, sem aviso prévio, o que me fez deparar com o espaço trancado com uma fechadura trocada como se eu fosse um moleque.
    O assunto por mim se esgotaria logo depois de meu desabafo na minha página da internet. Mas pra minha surpresa, tive uma avalanche de mensagens de apoio, telefonemas, abraços nas ruas, manifestações de personalidades do meio cultural, divulgações em sites e blogs afins de todo Brasil e até do exterior.
    Claro, serviu de bálsamo diante de tamanha decepção e de recompensa por saber que Caratinga reconhece o meu trabalho. Por isso, não posso me privar de agradecer a todos e ilustrar este lastimável episódio com estas belas e cáusticas charges que amigos cartunistas de várias partes do país me enviaram, haja vista que nossa profissão repudia qualquer ação predatória à liberdade de expressão. (EDRA) – 15/07/2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Galeria de Artistas e Escritores de Caratinga

Galeria foi uma realização do Cartunista Edra, Presidente da Estação Cultural de Caratinga

A Galeria de Artistas e Escritores instalada na Casa Ziraldo Cultura, com fotos e expositores de suas obras, poucos sabem que foi uma iniciativa minha. 
Mas o que ninguém sabe, inclusive os homenageados, que a sua concretização só foi possível através de patrocinadores que eu consegui. 
A Prefeitura não deu UM CENTAVO. Para estimular e arranjar patrocinadores de forma mais rápida, visando a inauguração daquele espaço cultural, fiz uma cota onde cada patrocinador além da contrapartida da publicidade, ainda concorreria a uma moto, cujo vencedor foi a empresa Amplifoto Caratinga Caratinga. 
Desta forma, obedecendo meus princípios de pensar e agir em prol do coletivismo pude prestar a minha homenagem pessoal aos artistas e escritores que hoje lá estão expostos para apreciação de muitos visitantes e que, em raras exceções, nunca tiveram uma homenagem desta natureza. 
Ainda sim, a maioria absoluta não tem por mim nenhum sentimento de apreço, e nem um tapinha nas costas eu levei. Mas o meu objetivo foi alcançado, que é sempre valorizar e enaltecer o trabalho realizado por eles, e desta forma também visa a estimular o surgimento de novos talentos conforme já aconteceu com o jovem escritor Izau Christofer Oliveiraque se sentiu atraído a fazer por onde, um dia também fazer parte da galeria, e como assim tem feito, com o breve lançamento de seu quarto livro, que será lançado novamente na Casa Ziraldo, conforme os três anteriores. 
Os homenageados são: Águida Pereira, Agnaldo Timóteo, Camilo Lucas, Edra, Flávio Anselmo, Helio Amaral, Juarez Gomes de Sá, Lane, Manga, Marilene Godinho, Maxs Portes (Atual Secretário de Cultura,no detalhe), Monir Saygli, Mayrink, Miriam Leitão, Onair de Freitas, Orides Gomes, Paulo Motta, Paulo Vieira, Ruy Castro, Syvio Abreu, Staell Abelha, Vagn, Valter Zavatário e Zelio Alves Pinto.

Elcio Danilo Russo Amorim
Presidente da Associação Estação Cultural de Caratinga

terça-feira, 10 de julho de 2012

Ziraldo Envia Carta ao Prefeito de Caratinga Acerca da Exoneração do Cartunista Edra da Casa Ziraldo

Ziraldo, no dia da inauguração da Casa Ziraldo de Cultura

Prezado Prefeito João Bosco, 

De longe, não tenho como interferir nas questões municipais que envolvem a história da Casa Ziraldo de Cultura. Distante da terra natal, que me fez a maravilhosa homenagem de criar uma casa de cultura com meu nome, não sei como me posicionar no sentido de desanuviar as tensões humanas e as dificuldades de convívio que cercam esta casa criada com tanto carinho. 
Posso dizer duas coisas a respeito deste fato: se não fosse a obstinação, o empenho e a capacidade de trabalho do Edra, que teve a idéia de criar a casa e, durate anos batalhou por ela; se não fosse a vontade política do prefeito João Bosco e seu prestígio além das fronteiras de Caratinga, viabilizando a cessão do imóvel para instalar a casa e bancar a materialização sonhada e batalhada pelo Edra; se não fosse a existência dessas duas importantes figuras de Caratinga, essa casa não existiria. 
Lamento, imensamente, que os desentendimentos humanos que advieram entre tantas pessoas – que se envolveram e se dedicaram ao projeto com entusiasmo e dedicação – tenham criado arestas humanas de tão difícil solução. Nada posso fazer não estando em Caratinga, no seu dia a dia. 
O que me entristece mais é que neste exato instante só penso na felicidade que vou na certa experimentar quando, com meus amigos de infância, estaremos aí para comemorar nossos oitenta anos de vida. E justamente, na cidade mais fraterna do Brasil (já tive muitas provas para afirmar isto). 
Por favor, meus amigos, não deixem que sentimentos curiais, menores, provincianos, municipais destruam nossas possibilidades de estar alegres e ser felizes, convivendo em paz uns com os outros. 
Tudo o que posso fazer é este pedido!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Zélio Fala da Exoneração do Cartunista Edra

Zélio Alves Pinto

Não dá pra entender... Até ontem o Max Portes era um dos personagens que o próprio Edra incensava, como ilustre caratinguense alhures. 

Como pode o filho da dona Maria Figueredo tomar uma atitude tão inexplicável?

Foi o Edra quem fez, criou, lutou e, fugindo, por respeito aos padrões atuais, adquiriu assim, o direito moral de ocupar cargo e função. 
Pra ser saido tem de explicar o porque, quando e onde pra todos nós, eleitores e testemunhas do esforço, além de usuários privilegiados da criação e do trabalho. 
Uai, gente! Quequiéisso? Vamos parar com isso?
AbraçamigodoZélio 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Última Semana da Exposição de Fotos da Participação de Caratinga no Carnaval do Rio 2012











Esta é a última semana para conferir a exposição "Ziraldo, de Caratinga para o mundo" na Casa Ziraldo de Cultura, com fotos do desfile da Escola de Samba Tradição, no desfile na Marquês de Sapucaí no carnaval deste ano e que contou com centenas de caratinguenses. 
A mostra faz parte das comemorações dos 80 anos do ilustre conterrâneo. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Exposição "Ziraldo: de Caratinga Para o Mundo" Começa Amanhã na Casa Ziraldo de Cultura

Exposição faz parte das comemorações dos 80 anos de Ziraldo

Começa amanhã, 19, e vai até o dia 29 de junho, na Casa Ziraldo de Cultura, a exposição "Ziraldo: de Caratinga Para o Mundo", de fotografias do desfile no carnaval deste ano, na Marquês de Sapucaí, realizado pela Escola de Samba Tradição, que prestou homenagem ao escritor e cartunista caratinguense Ziraldo Alves Pinto.
Com fotografias de André Chálabi, o evento é uma realização da Estação Cultural de Caratinga, presidida pelo cartunista Edra, que idealizou e vai organizar a mostra.
A exposição faz parte das comemorações que a cidade prestará a Ziraldo, que este completa 80 anos. Entre as quais, inclui o 12 Salão Internacional de Humor de Caratinga, em setembro, que este ano terá uma edição especial, com uma única categoria, que será a de caricaturas só do criador do Menino Maluquinho.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

I Mostra Artesanal do Presídio de Caratinga

Maria Alice M. Gomes Diretora de Atendimento e Ressocialização e a Pedagoga  Célia Rezende Bitencourt
I Mostra Artesanal do Presídio de Caratinga continua em cartaz até o dia 8 de junho. Vale a pena conferir

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Presidiários Expõe na Casa Ziraldo de Cultura





Começa nesta segunda-feira, 28, na Casa Ziraldo de Cultura a 1ª Mostra Artesanal do Presídio de Caratinga, organizada pela pedagoga Célia Rezende Bitencourt e sua equipe de produção.
São trabalhos artesanais produzidos pelos reeducandos do presídio, que geralmente são vendidos por seus familiares aqui na nossa comunidade e em cidades vizinhas.
De acordo com a Lei de execução penal “art. 126, o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi aberto pode remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. 1º. A contagem de tempo referida no “caput” será feita à razão de:1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
A mostra estará aberta ao público até dia 8 de junho.É a Casa Ziraldo de Cultura, mais uma vez, conciliando a cultura e social.