terça-feira, 27 de maio de 2014

O Caratinguense Ziquita, Ídolo na História do Atlético Paranaense Será Homenageado na Exposição Memórias do Nosso Futebol

Ziquita fez 4 gols em 15 minutos. Virou lenda!

Lendário 4 a 4 do herói Ziquita faz 30 anos 

Atlético perdia por 4 a 0 para o Colorado, na antiga Baixada, quando o atacante entrou em campo e, em 12 minutos, arrancou um empate inesquecível 

Épico x Trágico. Sensacional x Terrível. Lenda x Trauma. Um único jogo, com conseqüências tão distintas. Um caso raro de vencedores e vencidos diante de um placar igual. O empate mais famoso do futebol paranaense completa hoje três décadas. O jogo do Ziquita? Perguntaram alguns dos personagens procurados pela Gazeta do Povo para evocar o improvável desfecho daquela tarde de 5 de novembro de 1978. Sim, o jogo do Ziquita. 
O clássico Atlético 4 x 4 Colorado, no qual o atacante saiu imortalizado. Um duelo tão atípico que 30 anos depois se mantém fresco na lembrança de quem presenciou o impensável. Oficialmente, o privilégio coube a 8.276 pessoas presentes na antiga Baixada, no primeiro turno da Chave G, classificatória para a final do Paranaense. São tantos, porém, os que juram ter visto a proeza do artilheiro rubro-negro que a capacidade do estádio teria de comportar um público muito maior. Doze minutos, apenas isso, promoveram um atacante de comum a notável. Nesse curto período, ele transformou um 4 a 0 do Boca-Negra em um 4 a 4 valorizado como um triunfo vermelho e preto. Ainda hoje, quando a coisa aperta da Arena há quem grite: “Chama o Ziquita.” São Ziquita, como alguns batizaram na época. 
Natural de Caratinga (MG), aos 55 anos, em Governador Valadares (MG), ele ri do apelido, orgulha-se do feito e agradece por permanecer na memória dos atleticanos – e, ironicamente, também na dos colorados. “Enquanto a gente é lembrado sente que está vivo.” Não é fácil esquecer do que ele foi capaz. Da vergonha da derrota para o êxtase de um empate triunfal, reconstituído a partir daqui por quem viu, participou e protagonizou a façanha de 1978. “Era o primeiro turno do último quadrangular e as duas equipes disputavam vaga na decisão. 
O técnico do Atlético, Diede Lameiro, armou a equipe para ganhar, só que o Colorado foi mais agressivo.” Carneiro Neto, narrador da partida pela Rádio Clube. “Saí cedo de casa para encontrar um amigo antes da partida. Era um jogo importante.” Antônio Marques Sasse, torcedor do Atlético. “Nosso time era muito bom e entramos em campo subestimando o Colorado”. Dionísio Filho, ex-lateral-direito do Atlético. “Começamos bem. Abrimos o placar no primeiro tempo, aos 35 minutos. 
No segundo, o time cresceu e os gols começaram a sair. Um atrás do outro (Levir Culpi, aos 3’, Da Silva, aos 21’ e Tyrso, aos 26’).” Zequinha, ex-zagueiro do Colorado. “A derrota estava configurada. Muitos torcedores começaram a deixar o estádio.” Heriberto Machado, historiador e atleticano. “A equipe ficou meio atordoada. Não fui muito feliz naquela partida. Acabei substituído (por Lula) e devia estar mesmo atrapalhando porque saí e começou a reação.” Aladim, ex-atacante do Furacão. “A torcida vaiava, jogava latas de bebida no gramado. Piorou ainda mais quando o zagueiro Ademir foi expulso.” Antônio Marques Sasse. “O pessoal estava desanimado. Mas eu ainda acreditava e comecei a falar: vamos lá, vamos lá, não importa a derrota, vamos tentar.” 
Ziquita, ex-atacante do Atlético, que ao contrário do que muitos falam, começou jogando a partida. 
“Aí baixou o Pelé nele (Ziquita)”. Hélio Alves supervisor do Atlético. 

“O negão (Ziquita) começou a falar: ‘joga a bola pra mim, joga a bola pra mim’. Quando ele marcou o primeiro, aos 31 minutos, foi pegar a bola no fundo da rede e disse que iria empatar.” Dionísio

“Nossa equipe estava tão bem que, quando o Ziquita marcou, o nosso pessoal reclamou entre si porque queriam ganhar de goleada, de tão fácil que estava. Não passou pela cabeça de ninguém que ele poderia fazer mais gols.” Ary Marques, ex-lateral-direito do Colorado. 

“Então começou algo incrível. O Atlético veio para cima e aconteceu aquelas coisas do futebol que não têm explicação. 
Faltavam menos de 15 minutos e a equipe desandou, não havia como prever aquilo. Começaram a levantar bola na nossa área, um trombava no outro e a bola sobrava para quem? Ziquita.” Zequinha, ex-zagueiro do Colorado. 

“Eu estava atrás da meta onde saíram todos os gols. Quando ele fez 4 a 2, aos 35 minutos, eu fiquei preocupado. Mas, quando o Ziquita marcou o terceiro, aos 36’, tive a certeza de que o Atlético iria empatar. Era uma coisa incrível, uma pressão. A torcida começou a voltar para o estádio.” Edson Militão, ex-radialista e torcedor do Colorado. 

“Naquela época, abriam-se os portões na metade do segundo tempo e, com aquela reação, além dos torcedores que tinham ido embora, alguns que estavam na região começaram a ir correndo para o estádio.” Hélio Alves

“Aos 43’, o endiabrado Ziquita marcou o quarto gol: 4 a 4. Era o empate. E aos 44’, ele cabeceou uma bola no travessão de Alexandre e quase fez o quinto. Pois é, o Atlético saiu de uma derrota iminente para um empate consagrador. Que espetáculo! Um futebol de altíssima qualidade foi jogado nesses minutos. Um filme do jogo ainda está presente na minha memória. Imagens inesquecíveis.” Heriberto Machado

“Foi absurdamente extraordinário. Épico. Foi aquela farra no estádio, uma bagunça. Um jogo tão antológico que anos depois as pessoas vinham me contar que tinham se emocionado com o jogo, e nem eram atleticanos, moravam até em outros estados, porque a Rádio Clube era ouvida no Brasil inteiro.” Carneiro Neto

“Foi a atuação mais sensacional que eu vi de um jogador na minha carreira em 40 anos no futebol.” Hélio Alves.
“Nunca vi alguém ganhar tanto dinheiro. A torcida estava tão feliz que invadiu o vestiário e começou a dar dinheiro para o Ziquita. Ele fez uma trouxa com a camisa do Atlético e encheu de dinheiro.” Dionísio

“De tudo aquilo, o que mais me marcou naquele dia foi um senhor humilde que chegou pra mim e disse: ‘esse dinheiro é do leite do meu filho e vou te dar.’ Eu disse que não queria, que não poderia aceitar. Mas ele insistiu porque precisava retribuir tanta alegria que eu tinha dado à torcida.” Ziquita

“Quem olha o placar, simplesmente, não imagina o que representou. Aparentemente poderia ser um resultado bom fora de casa para o Colorado, e um ponto só para o Atlético. Só quem assistiu sentiu que entraria para a história.” Edson Militão.

“A partir de hoje (daquele 5/11/78) não sou mais o treinador do Colorado. Não encontro justificativa para o empate, principalmente depois de estarmos com a partida ganha, com a goleada por 4 a 0. Acho que o time não fez aquilo que deveria fazer quando o placar nos favorecia, e para não levar mais a culpa e ser criticado, prefiro mesmo entregar o cargo ao presidente Hipólito Arzua.” Avelino de Souza Abreu, o Mosquito, ao demitir-se ainda no vestiário da Baixada.

“Foi pior que uma derrota, foi uma tragédia. Ninguém esquece o pior jogo da vida. Até hoje tem gente que lembra e cobra.” Zequinha.

“Na hora, não caiu a ficha direito. Só depois fomos sentir o estrago que aquela partida causou. Abalados, perdemos o segundo jogo, na Vila Capanema, fomos eliminados e um monte de jogadores foi mandado embora.” Ary Marques.

“Foi o jogo da minha vida. Um jogo que mostrou a força do Atlético e o poder de uma torcida.” Ziquita, o herói.

Fonte: Site do Atlético Paranaense

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Aberta a 11ª Exposição Paleoarquológica de Caratinga Promovida Pelo Grupo Fossílis









Exposição vai até o dia 30 de maio na Casa Ziraldo de Cultura

Nesta segunda-feira, 26, na Casa Ziraldo de Cultura, iniciou a 11ª Exposição Paleoarqueológica de Caratinga. O evento, aberto a todos os públicos, é uma realização da Fossilis Associação Científica e Cultural, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a Casa Ziraldo de Cultura e se estenderá até a sexta-feira, dia 30. 
A Exposição estará funcionando durante toda a semana, no horário de 09 às 11 e de 13 às 17h30min, e, como informa o presidente do Fossilis, Antonio Carlos Teixeira Costa, as escolas ou mesmo os professores de Caratinga e demais municípios da região poderão fazer o agendamento para a visita de suas turmas de aluno através do telefone: 3322-1825. 
De acordo com Antônio Carlos, o Fossilis estará apresentando aos visitantes o seu acervo, do qual, entre outras peças, constam artefatos arqueológicos encontrados na região de Caratinga; réplica de dente do Tiranossauro Rex, o mais famoso dos dinossauros; fóssil original de dente de dinossauro carnívoro; fóssil original da vértebra da preguiça gigante; fósseis de peixes e insetos, além de uma réplica em tamanho reduzido do crânio de um dinossauro. 
Em março deste ano, o Fossilis completou 13 anos de existência e, nesse tempo, vem realizando vários eventos, entre exposições, mostras, simpósios e palestras, além de participar de diversos eventos, apresentando o trabalho realizado, como aconteceu em 2010 e 2012, quando participou, como expositor convidado, dos eventos em comemoração ao 192º e 193º aniversários do Museu Nacional do Rio de Janeiro. 
No segundo semestre deste ano, o Fossilis estará retornando com o projeto Paleomirim, em parceria com a Secretaria de Municipal de Cultura e apoio da Sociedade Brasileira de Paleontologia, realizando exposição itinerante de fósseis nas escolas dos distritos rurais de Caratinga. A primeira visita do Paleomirim será em São João do Jacutinga, em data a ser definida.

Lista dos Homenageados da Exposição Fotográfica "Memórias do Nosso Futebol - Parte II"

Estádio Dr. Maninho recebia sempre
um grande público nas tardes de domingo

Os homenageados: 

Ex Jogadores: Acir, Ari, Anor, Anísio, Bedêu, Biguá, Cacau, César, Chiquinho, Côco, Daniel, Élvio, Fifi, Geraldo Maia, Getúlio Vargas, Guilhermino, Jésus, Jovino, Paulinho, Pedro Vieira, Toninho, Zezé e Zico Soldado. 
Ídolo Eterno: Ziquita 
Craque de Expressão Nacional: Marcelo Alves 
Craque da Vez: Jones Carioca 
Radialistas/Repórteres Esportivos: Eurico Gade, J.Baranda, Hélio do Carmo, Nailton Gomes e Nelson Souza 
Clube: Esplanada Esporte Clube 
Família da Bola: Carraro: Carlinhos, Tuíra, Oreia, Buré e Maguila (Marcelo)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

Clube de Carros Antigos de Caratinga Foi Fundado Hoje na Casa Ziraldo de Cultura

Clube participa no próximo domingo, 18,
do I Encontro de Carros Antigos de Caratinga

Clube de Carros Antigos de Caratinga Será Fundado Hoje, 13, no Dia do Automóvel

Fundação do clube será hoje, no Dia do automóvel,
na Casa Ziraldo de Cultura às 20 horas

Será fundado hoje, 13 de maio, Dia do Automóvel, às 20 horas na Casa Ziraldo de Cultura o "Clube de Carros Antigos de Caratinga" denominado "Os Intocáveis". 
Numa iniciativa do cartunista Edra, já se inscreveram para participar do clube 50 proprietários apaixonados por carros antigos que estarão apresentado suas raridades em quatros rodas no "I Encontro de Carros Antigos de Caratinga" que acontecerá na Praça Calógeras, em frente ao CTC, das 9 às 17 horas. 
O evento tem total apoio da Prefeitura de Caratinga que na ocasião terá também as apresentações musicais da cantora Analígia, pela manhã, e do cantor Paulo Mattos no período da tarde, além de barracas de alimentação e sorteios de brindes.

Seminário Sobre Relações Étnico-culturais

O evento será realizado na Casa Ziraldo de Cultura, hoje, das 13 às 17 horas.

A Prefeitura de Caratinga, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Juventude, com ações da Seção de Igualdade Racial, realizará, no dia 13 de maio, a comemoração ao Dia da Abolição da Escravatura Negra. 
Dentre as atividades programadas, para a tarde de terça-feira, acontece o Seminário “Ações Afirmativas e Educação para as Relações Étnico-culturais”. 
O evento será realizado no Casa Ziraldo de Cultura, Avenida Benedito Valadares, 15, Centro, no período de 13 às 17 horas. 

Seminário e Conselho 

De acordo com a diretora do Departamento de Cultura, Simone da Cunha Santos, o Seminário “Ações Afirmativas e Educação para as Relações Étnico-culturais” tem como principal objetivo o de promover o esclarecimento sobre a Política de Igualdade Racial nas esferas municipal, estadual e federal. 
“O Seminário será o espaço para comemorar, no município, o Dia da Abolição da Escravidão Negra no Brasil, e também debater possíveis ações afirmativas voltadas para a comunidade negra e demais etnias presentes no município, de acordo com o plano Nacional de Igualdade Racial e com as resoluções das conferencias estadual e nacional sobre promoção a Igualdade Racial”, esclarece Simone. 
Simone diz que o Seminário terá um papel muito importante para a reformulação do Conselho Municipal de Promoção à Igualdade Racial. “A realização deste Seminário trará mais respaldo para efetivar trabalhos e ações desenvolvidas pela Prefeitura na luta contra o racismo. 
Para a formação do Conselho é necessário que se cumpra os dispositivos legais presentes na Lei nº 3132/2009. Se na realização do Seminário os presentes atenderem aos requisitos da Lei, o mesmo poderá ser reformulado”. 
Um dos destaques do Seminário “Ações Afirmativas e Educação para as Relações Étnico-culturais” será a participação do professor do UNEC e UNIPAC, mestre Moisés Arimatéia Matos. 
Em sua palestra, o professor tratará do tema “Igualdade Racial como Tática de Luta contra o Racismo”. Durante o encontro serão realizados dois momentos distintos, um primeiro em que os presentes serão divididos em grupos e realizarão debates e um segundo onde os participantes farão a exposição das propostas de como adequar o Município de Caratinga ao Plano Nacional de Igualdade Racial. “Todas estas discussões serão acompanhadas do advogado Gustavo Neves, que esclarecerá aos participantes sobre o Estatuto da Igualdade Racial”, destaca Simone. 
De acordo com o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Cultura, Nelson Sena, o Seminário tem o objetivo de integrar o Município de Caratinga ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR). “Caratinga tem criado o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CONPIR) e precisamos reformulá-lo e criar diretrizes para podermos aperfeiçoar as Políticas de Igualdade Racial”. 

Programação: 

Terça-feira, 13 de maio 
13h - Abertura 13h10  - Esclarecimentos sobre o Estatuto da Igualdade Racial - Advogado Gustavo Neves 
14h - Grupos de trabalho 14h40 - Palestra “Igualdade Racial como tática de luta contra o racismo” com o professor Moisés Arimatéia Matos 
15h30 - Exposição das Conclusões dos grupos 
16h10 - Sinapir/Conapir/Conferencias estadual e nacional/Compir 17h00 - Encerramento/Foto oficial

Secretário de Cultura, Nelson de Sena e a diretora
do Departamento de Cultura, Simone da Cunha Santos,