Alim Rocha

Alim Rocha de Abreu, natural de Patrocínio de São João do Jacutinga, distrito de Caratinga, filho de Hildo da Silva Abreu (em memória) e Valdomira Maria Rocha Abreu e irmão do saudoso radialista Éder Rocha.

Alim não pensava em se tornar músico e entrou para este universo por acaso, numa situação emergencial. Autodidata, aos 14 anos, aprendeu a tocar violão em dois meses para tirar as músicas de Chico Buarque que fazem parte da trilha sonora da peça “A morte e vida de Severina” de autoria de João Cabral de Melo Neto e que foi encenada pelo grupo teatral caratinguense “Gota D’água”, dirigido pelo professor José Schittini, que não contava em seu elenco quem soubesse tocar violão.

Pegou gosto pela arte e em 1975 se inscreveu para participar do 6º FEMPOC – Festival de Música Popular de Caratinga . Ainda inexperiente, musicou a letra de José de Souza Neves que lhe deu o suporte, tocando guitarra em sua apresentação.

Já no ano seguinte, faturou o primeiro lugar com a canção “Desilusão em D’ com sua música sendo letrada pelo Dirivaldo Gomes, mais conhecido como Baiano, irmão do saudoso radialista Nailton Gomes.

Motivado com a primeira conquista passou a participar em diversos festivais de músicas em toda região, o que era muito comum nas décadas de 70 até início de 80. E para ele o importante não era participar, sem emprego na época, o importante era ganhar e venceu 16 vezes, em várias cidades, com destaque para Ponte Nova, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Inhapim e Vitória (ES). Na maioria das vezes em parceria com Baiano e venceu duas vezes em Belo Horizonte, em uma delas com a música “Guerreiro cantador” com o parceiro, radialista, jornalista e apresentador de TV, Kleber do Val.

Enquanto participava em festivais, aperfeiçoou seus métodos e passou a dar aulas de violão.

EM 1977, foi convidado a cantar no casamento de José de Souza Neves, que mencionei acima como o seu primeiro parceiro. Fez sucesso e mais uma vez, como obra do acaso, abriu-lhe um novo mercado e passou a receber convites e mais convites para cantar em casamentos e até a data de hoje contabilizou 2350 casórios embalados pela sua voz e seus acordes.

Atualmente trabalha na CEMIG, na função de industriário, há 25 anos